Anabolizantes para fins estéticos tem medida proibida para uso de qualquer formulação de testosterona sem a comprovação da deficiência do hormônio por diagnóstico
Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11/4). Na ocasião, seis sociedades médicas divulgaram uma carta conjunta pedindo para que o CFM votasse uma regulamentação sobre o uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance.
Anabolizantes para fins estéticos
Contudo, a norma proíbe os profissionais de indicarem o uso de anabolizantes para fins estéticos (hormônios androgênicos) como testosterona, por exemplo. A justificativa da decisão se pauta na inexistência de comprovação científica dos benefícios e da segurança dessas terapias. Além disso, os esteroides anabolizantes são prescritos a pacientes que não produzem hormônios adequadamente e precisam de reposição. No entanto, nos últimos anos tem sido utilizado para finalidade estética, para ganho de massa muscular ou perda de gordura.
Cursos e eventos sobre o tema
Por outro lado, a resolução também veta a realização de cursos e eventos que tenham a finalidade de estimular o uso ou fazer apologia de possíveis benefícios dessas terapias androgênicas para fins estéticos ou de melhora esportiva.
SBMEE, SBC, SBU, SBGG e Febrasgo
A nova resolução do CFM contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício (SBMEE), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Associação de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que emitiram nota conjunta em apoio à votação da norma.
Aumento da prescrição
Por fim, segundo o presidente da CFM, José Hiran Gallo, em razão do aumento exponencial da prescrição irregular desses produtos, o Conselho Federal de Medicina ouviu vários especialistas no assunto:
“Não existe dose mínima segura, como alguns usuários alegam. Por isso, estamos proibindo essa prática.”
*Foto: Reprodução/ Unsplash (Victor Freitas – https://unsplash.com/pt-br/fotografias/WvDYdXDzkhs)