Uso de cadáveres em cursos de harmonização facial provoca espanto nas redes sociais
O uso de cadáveres para treinamento em cursos de harmonização facial provocou surpresa e discussão nas redes sociais nesta semana. Isso porque o tema veio à tona após postagens da tatuadora Helen Fernandes, conhecida como Malfeitona, que comentou sobre o uso de cadáveres fresh frozen (congelados) em cursos de estética facial. Ela afirma que cabeças humanas são mantidas em baixas temperaturas para que profissionais possam aprender as técnicas estéticas de harmonização no rosto.
Uso de cadáveres em cursos de harmonização facial
Além disso, o uso de cadáveres em cursos de harmonização facial é no é comum em centros de pesquisa e universidades e em práticas médicas. Contudo, a utilização desses corpos em treinamentos voltados a técnicas estéticas, como a harmonização facial, chamou a atenção, sobretudo porque o Brasil enfrenta um déficit de corpos disponíveis para o ensino médico.
Legislação brasileira
No Brasil, a legislação permite que cadáveres não reclamados por familiares até 30 dias após a morte sejam utilizados para estudos científicos. E também é possível que uma pessoa, em vida, manifeste o desejo de doar seu corpo para a ciência após o falecimento. Entretanto, esse tipo de doação tem se tornado menos frequente, gerando dificuldades para instituições de ensino.
Falta de corpos
Vale lembrar que em 2022, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) chegou a divulgar que há uma “falta de corpos” para estudos. E no ano passado, uma pesquisa da BBC com 30 universidades brasileiras mostrou que 17 delas enfrentam escassez de cadáveres para pesquisa. Por fim, tal situação contraria a oferta de cadáveres para cursos de estética, que têm crescido e provocado questionamentos sobre a priorização de seu uso.
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