Palestra sobre ozonioterapia foi apresentada por farmacêutico especializado em estética durante a Feira Estética In Rio 2021
A ozonioterapia, forma de medicina alternativa que busca elevar a quantidade de oxigênio no corpo ao introduzir ozônio, foi tema de apresentação do 14º CCISE (Congresso Científico Internacional de Saúde Estética). Isso porque esta técnica pode ser uma alternativa para o tratamento da Síndrome da Desarmonia Corporal.
Palestra sobre ozonioterapia
A palestra sobre ozonioterapia integrou a Feira Estética In Rio 2021. Ela foi realizada no Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro do último ano.
De acordo com o Dr. Rafael Ferreira, farmacêutico especializado em estética, cirurgião dentista e CEO do IRF (Instituto Rafael Ferreira), a palestra “Ozonioterapia e suas associações inteligentes: Protocolo para adiposidade localizada e FEG” aconteceu em um contexto em que a obesidade é considerada uma das pandemias da sociedade moderna.
“A população mundial está ficando cada vez mais obesa. O acúmulo de gordura localizada, a celulite e a flacidez se tornam cada vez mais incidentes e a combinação entre estas irregularidades é chamada de síndrome de desarmonia corporal.”
Em sua palestra durante o congresso, o CEO do IRF apresentou como a ozonioterapia pode ser eficaz para tratar desordens e a Síndrome da Desarmonia Corporal. Neste caso, ele propõe uma padronização de técnica de atendimento clínico. Na ocasião, o farmacêutico divulgou e registrou seus resultados no livro científico do evento.
“A ozonioterapia vem se mostrando como uma terapêutica eficaz no tratamento da gordura localizada, no tratamento da celulite e também para o tratamento da flacidez.”
Terapia integrativa e complementar
A técnica é reconhecida como terapia integrativa e complementar pelo Ministério da Saúde e oferecida à população pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Sendo assim, desde março de 2018, a ozonioterapia tem sua regulamentação discutida no Congresso federal desde 2017.
Conselhos de especialistas da área de saúde
Alguns conselhos de profissionais da saúde, como o de enfermagem (parecer normativo 001/2020) e o de farmácia (resolução CFF 695/20) já reconheceram a ozonioterapia como abordagem clínica para seus inscritos. Já os conselhos de biomedicina, fisioterapia e biologia também editaram normas sobre o tema e sua regularidade. Além dos SUS, a modalidade é oferecida por diversas clínicas privadas no país.
Obesidade
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade é considerada uma doença crônica que consiste no excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde. Além disso, o indivíduo é considerado obeso quando seu IMC é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2, conforme informações da agência especializada em saúde.
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
Todavia, a SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica) emitiu um alerta para o fato de que pacientes que convivem com problemas associados à obesidade sofreram um agravamento das doenças em 2021. A entidade afirma que as pessoas com indicação cirúrgica que apresentavam IMC (Índice de Massa Corporal) até 35 antes da pandemia de Covid-19 estão chegando aos consultórios e ambulatórios com IMC acima de 40.
Dados revelam aumento da doença
Em contrapartida, dados indicam que a obesidade aumentou no Brasil ao longo da crise sanitária. A taxa ficou em 22,35% no país no último ano. Enquanto isso, o percentual era de 21,55% no ano precedente, conforme indicativos da pesquisa “Vigitel 2021”, realizada pelo Ministério da Saúde. O balanço mapeia informações de saúde a partir de entrevista telefônica com pessoas de capitais de todos os estados.
Em 2019, o percentual de indivíduos obesos entre os entrevistados era de 20,27%. Em 2021, a condição de obesidade foi maior entre mulheres (22,6%) do que em homens (22%). Por fim, o levantamento mostrou que a doença afetou indivíduos nas faixas de 35 a 44 anos (25,5%), 45 a 54 anos (26,24%) e de 55 a 64 anos (26,22%).
*Foto: Unsplash