Dieta na prevenção do câncer possui diversos artigos publicados pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) com as principais conclusões das pesquisas
Manter o peso na faixa saudável, praticar atividade física com regularidade e não fumar são fatores importantes na prevenção do câncer, de acordo com especialistas na doença. E assim como uma dieta para diabéticos pode ajudar a reduzir riscos, uma dieta na prevenção do câncer também pode ajudar. Confira ao longo deste artigo o que diz os estudos e a posição da Sociedade Americana de Oncologia Clínica sobre o assunto.
Dieta na prevenção do câncer
No entanto, quando se trata da alimentação que compõe a dieta na prevenção do câncer, dividem opiniões, ideologias e radicalismos, ao passo que também faltam evidências científicas.
Contudo, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) acaba de publicar as principais conclusões das pesquisas sobre o papel da dieta na prevenção.
Segundo o relado, atualmente um terço dos casos de câncer está associado a escolhas de estilo de vida que incluem a alimentação. E apesar de muitos pesquisadores terem se dedicado a esse tema, não é fácil chegar a conclusões definitivas.
5 pontos importantes
A seguir, confira os cinco pontos mais importantes.
Não há provas da existência de dietas capazes de evitar o aparecimento da doença:
É possível que dietas ricas em grãos, azeite de oliva, óleo de peixe, nozes, avelãs, amêndoas e castanhas do Pará reduzam a incidência de câncer de mama, porém, não a mortalidade. Entretanto, faltam estudos que comprobatórios. Isso porque a maior parte dos casos de câncer está relacionada a mutações gênicas. Sendo assim, é pouco provável que alguns alimentos sejam capazes de corrigi-las.
Vegetais como as crucíferas (brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas e outras) são ricos em minerais e vitaminas:
Seus efeitos protetores foram documentados em relação aos cânceres de boca, faringe, cordas vocais, esôfago e estômago. Por outro lado, pode ser que esses vegetais façam parte da alimentação de pessoas mais cuidadosas. Ou seja, pelo seu estilo de vida podem estar protegidas de diversas outras doenças, inclusive o câncer.
A soja:
Um estudo revelou que, num período de nove anos, mulheres com câncer de mama que consumiram quantidades maiores de produtos de soja reduziram em 21% o risco de morrer da doença.
O café:
Já em relação ao consumo de café e o risco de câncer, as informações ainda são confusas. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), após rever de perto mais de mil estudos, concluiu que tomar café não aumenta a incidência da doença. Pelo contrário, reduz o risco de câncer de fígado e de endométrio. E que ingerir bebidas muito quentes eleva o risco de câncer de esôfago.
Churrascos:
Um estudo recente revelou que a ingestão de quantidades maiores de carnes grelhadas e defumadas pode aumentar a incidência de câncer de mama, pois essas formas de preparo estão associadas à produção de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs), substâncias carcinogênicas em animais de laboratório.
Todavia, os estudos populacionais não conseguiram estipular relações causais definitivas entre a exposição aos HAPs produzidos no preparo de churrascos e carnes defumadas e o aparecimento de câncer em seres humanos.
E pode ser provável que a formação de HAPs esteja associada à poluição, ao tabagismo e a outras fontes ambientais como uma importância maior.
Por fim, alguns trabalhos levantaram a suspeita de que consumo exagerado de carne frita e de churrascos bem passados estejam associados ao aumento de risco de câncer de cólon, reto, pâncreas e próstata.
*Foto: Reprodução/Unsplash (Louis Hansel – unsplash.com/pt-br/fotografias/MlPD-AzZYMg)