Magreza não é sinônino de saúde, aponta a medicina
Quem acha que pessoas magras estão com a saúde em dia, as coisas não são bem assim. E isso gera padrões de beleza irreais por falta de acesso a informações corretas. Em suma, a saúde vai além de um corpo magro. Entenda melhor ao longo deste artigo.
Magreza não é sinônimo de saúde
Não é de hoje que há estereótipos enganosos e perigosos sobre saúde e bem-estar.
Saber indentificar essas diferenças é primordial para as pessoas. Estudos recentes sinalizam que a relação entre peso e saúde é mais complexa do que se pensava. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) em 2013 analisou dados de quase 3 milhões de indivíduos e concluiu que pessoas com sobrepeso (IMC entre 25 e 30) tinham um risco menor de mortalidade em comparação com aquelas com peso normal (IMC entre 18,5 e 24,9). Tal revelação sugere que o peso por si só não é um indicador confiável de saúde.
Já o levantamento publicado no European Heart Journal em 2018, destacou que a aptidão cardiorrespiratória é um indicador muito mais preciso de saúde cardiovascular do que o IMC. Os pesquisadores descobriram que pessoas fisicamente ativas, independentemente de serem classificadas como obesas, tinham menor risco de doenças cardíacas do que indivíduos inativos com peso normal.
Sendo assim, as descobertas mais recentes indicam que é possível ser magro e ter problemas de saúde, bem como é possível estar acima do peso considerado ideal e ser metabolicamente saudável.
Além disso, o processo de emagrecimento deve ser sustentado por uma transformação interna, onde a pessoa reprograma sua mente para hábitos mais saudáveis.
Peso corporal
Aqui, o importante é que a saúde não deve ser focada exclusivamente no peso corporal, e sim em hábitos saudáveis e no bem-estar integral. Isso inclui uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, além de cuidados com a saúde mental e emocional. É preciso ter uma relação saudável com a comida e o corpo, promovendo a aceitação e o autocuidado.
Uma nova perspectiva
A discussão sobre a equivalência entre magreza e saúde está em pleno desenvolvimento, e é essencial para expandir a compreensão sobre o que realmente significa ser saudável. E cabe à sociedade reavaliar os padrões de beleza e saúde impostos, promovendo uma visão mais inclusiva e realista.
Por fim, dormir pouco e mal, se alimentar de ultraprocessados e viver uma rotina sedentária são, também, sinais de alerta de que este estilo de vida não é saudável, nem sustentável.
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