Nos últimos dias, com focos de queimadas em 60% do Brasil, muitas pessoas passaram e desenvolveram algo que está sendo chamado de ansiedade climática. Isso porque lidar com o clima seco em meio aos incêndios podem desencadear riscos que vão além da saúde física e penetra nossa mente. Neste artigo aprenda a como lidar com esta condição.
Clima seco
O país vem enfrentando dias cinzentos e com altas temperaturas. Com o agravamento dos incêndios ao redor do país, o clima mais seco do que o normal tomou conta de diversos municípios, decretando estado de emergência.
Prova disso é que no início da semana, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta laranja de perigo para a baixa umidade em 12 estados do país, com níveis entre 12% e 20%. Além disso, São Paulo também subiu ao topo do ranking de cidades com o ar mais poluído do mundo.
Ansiedade climática
A situação que já causa desgaste físico nas pessoas, agora, também desencadeia riscos à saúde mental. O fenômeno ficou conhecido como ansiedade climática, e é caracterizado por sentimentos de impotência, angústia, mal-estar e medo em relação às alterações do clima.
Esse período seco também traz uma sensação de angústia bastante intensa. Trata-se de um sentimento de desesperança que pode, em diversos casos, evoluir para um quadro de depressão grave, em que o indivíduo deve procurar um profissional da saúde.
Preocupação cresce
Além disso, mais de 60% dos jovens brasileiros com idades de 16 a 25 anos afirmam que estão muito ou completamente preocupados com os efeitos das mudanças climáticas. É o que revelou um estudo feito em 2021, no segundo ano da pandemia de Covid-19, por pesquisadores do Reino Unido, Finlândia e Estados Unidos. Desde então, a situação só se agrava.
Redes sociais
Vale destacar que este agravamento também é em razão do Brasil ser o terceiro país que mais usa redes sociais no mundo. Portanto, a preocupação cresce ainda mais nos meios digitais. Em suma, o indivíduo que consome diariamente informações falsas e verdadeiras fica mais estressado.
Todavia, algumas pessoas são naturalmente mais vulneráveis, sobretudo se já estão fragilizadas emocionalmente ou enfrentaram períodos de forte estresse no passado.
Esses quadros estão se tornando cada vez mais frequentes, acompanhando as mudanças e tragédias do clima em todo o mundo. e isso engloba temperaturas extremas, queimadas no Brasil, além de oturos eventos climáticos graves. E por se tratar de ações incontroláveis, tais fenômenos ocasionam uma sensação ainda maior de abandono.
Como prevenir e tratar a ansiedade climática
Apesar de não existir uma fórmula certa para resolver esta questão, alguns hábitos podem ser tomados.
Isso inclui: praticar atividades físicas, meditar, manter uma alimentação balanceada, qualidade do sono e limitar o uso de redes sociais. Contudo, deve-se evitar praticar atividade física ao ar livre se o clima estiver muito e tiver muita fuligem na cidade.
Apoio psicológico
Mesmo mudando o estilo de vida, também é recomedável buscar apoio psicológico para enfrentar esse período difícil quando a pessoa apresenta sintomas de ansiedade em razão do clima.
O CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) é um exemplo de serviço de saúde pública que oferece suporte psicológico em mais de duas mil unidades espalhadas pelo Brasil. A equipe de cada unidade conta com psicólogos e psiquiatras, que ajudam quem estiver sofrendo com esse tipo de estresse.
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