Alopecia feminina reduz a densidade capilar ou uma perda progressiva do cabelo feminino
Apesar de ser uma condição que afeta muitas mulheres no mundo todo, a alopecia areata é pouco falada. Porém, o assunto veio à tona, pois entre as mulheres que apresentam a doença está atriz norte-americana Jada Pinkett Smith.
No final de 2021, Jada publicou em seu Instagram um vídeo em que explica que foi diagnosticada com alopecia. Além disso, ela explicou que trata-se de uma doença inflamatória que causa a queda os cabelos. Por conta disso, ela teria optado em raspar os fios que lhe restavam:
“Cheguei ao ponto em que só posso rir. Vocês sabem que eu tenho lidado com a alopecia e, do nada, apareceu essa falha aqui (…). Então achei melhor mostrar para todos, para não surgirem dúvidas.”
A seguir, você vai entender melhor sobre esta doença.
O que é alopecia feminina?
A alopecia feminina reduz a densidade capilar ou uma perda progressiva do cabelo feminino. Ela também é uma disfunção que atinge quase 5% das mulheres no mundo.
Por outro lado, segundo o dermatologista Werick França, muitas a alopecia é confundida com a perda por conta de procedimentos químicos, como as escovas progressivas ou descolorações.
Diferentes tipos de alopecia
Contudo, é importante ressaltar que é possível sofrer de vários tipos de alopecia, desde a provocada por doenças autoimunes, caso de Jada, até o eflúvio telógeno, que ocorre por meio da gestação.
O dermatologista complementa:
“Quando a alopecia é androgenética, mais conhecida como calvície, ocorre afinamento e atrofiamento do bulbo, causando a queda definitiva. Essa condição genética na mulher acontece normalmente de forma difusa em todo o topo da cabeça e também de maneira global, comprometendo toda a região da cabeça. Algumas que nascem com essa condição herdada de família já são pré-dispostas a ter a disfunção.”
Divisões
Por outro lado, segundo o dermatologista Ademir C. Leite Jr, as alopecias podem ser divididas em cicatriciais e não cicatriciais. As primeiras são aquelas em que a área acometida não apresenta folículos ou eles foram destruídos por processos inflamatórios ou agressões importantes, como tração excessiva, queimaduras e corte. Elas podem ser irreversíveis e estão relacionadas ao Lúpus eritematoso cutâneo, líquen plano pilar, foliculite decalvante e alopesia fibrosante frontal.
Já as não cicatriciais podem ser acompanhadas de inflamações que são menos agressivas e não geram danos permanentes. Essa perda de fios surge de distúrbios capilares que não resultam em aspecto cicatricial do couro cabeludo, como alopecia areata, eflúvios e alopecia androgenética.
Em busca de ajuda
Mas quando procurar ajuda? Apesar dos fios caírem diariamente como algo normal, se você notar uma grande quantidade, no caso, mais de 100 fios por dia. Ou ainda se você percebe muitos deles presos no travesseiro ao acordar, é sinal de que é hora de buscar ajuda. Todavia, o médico reforça que também é possível identificar a alopecia olhando para o couro cabeludo e notando regiões com pouco ou nenhum cabelo.
Como tratar a alopecia feminina
O tratamento precoce da alopecia pode inibir o avanço e manter o cabelo volumoso. Com isso, é capaz de se reduzir as perdas, ou, no caso das não cicatriciais, até de reverter o quadro. Por fim, Werick completa:
“O procedimento para a disfunção pode ser feito em clínicas e também em casa, por meio de loções, medicamento oral, vitamina e xampu de uso diário.”
*Foto: Reprodução