Etarismo, idadismo e ageísmo são os novos nomes criados para um antigo preconceito
Por definição etarismo é a discriminação e preconceito baseados na idade, geralmente das gerações mais novas em relação às mais velhas. Além disso, o termo também é conhecido como idadismo ou ageísmo.
Etarismo na atualidade
Atualmente, têm-se falado muito sobre etarismo. No entanto, não imaginamos o quanto esse preconceito pode estar infiltrado em nossa mente, na sociedade como um todo.
Além disso, tal preconceito permeia nossa vida. Isso porque ele está presente não só nas empresas em inúmeras práticas e processos organizacionais, mas também na área da Saúde, na Publicidade e Propaganda e em várias outras áreas. Sendo assim, trata-se de um preconceito antigo que está em todo lugar.
O processo de envelhecer
Em primeiro lugar, temos que pensar que começamos a envelhecer assim que nascemos, pois somos a soma de todas as nossas experiências. Envelhecer é um indicativo de que estamos dando certo. Pois, o caso contrário, não estaríamos mais aqui. Porém, completar qualquer idade, não apaga a nossa história e em cada momento da vida somos o resultado de todos os momentos anteriores.
Preconceito
O preconceito começa dentro de cada um de nós.
Ao pensarmos sobre o que os 20 anos representam, também vem à tona os 30, 40, 50, 60, 70 e 80 anos, ou mais.
20 anos, o que vem a nossa mente? Juventude? Beleza? Força? Busca por uma profissão? Estudante Universitário? Sexo? Bebida? Festas? Inconsequência? Irresponsabilidade? Nova geração? Um Nerd que mal sai de casa e ganha rios de dinheiro pela internet?
Já nos 30 anos, surge o adulto se organizando para sair de casa? Indo morar sozinho ou dividindo as despesas com outra pessoa? Uma profissão já em crescimento? Ou perdido sem saber para onde ir? Fisicamente ainda forte, com “sex appeal”. Porém, dando os primeiros sinais da idade, rugas, barriguinha de chope ou de escritório?
De repente 40! Quem nunca ouviu esta frase acompanhada de: agora entrou na casa dos “enta”? Já casou? Teve filhos? Se entre homens ainda há esperança, para as mulheres, o relógio biológico está batendo as últimas badaladas de possibilidade. Maturidade? Crescimento e desenvolvimento? Conheceu outros países? Carreira solidificada? Concluiu a pós-graduação? Mestrado? Doutorado?
Aos 50? Crise da meia idade? Menopausa? Separação? Dedicação de tempo para os pais na 3ª idade? Síndrome do ninho vazio? Demissão? Dificuldade de recolocação no mercado? 2º casamento? Busca pela beleza e juventude perdida? Briga com os sinais do tempo? Aumento de peso? Falta de disposição? Sensação de vazio?
60 anos, idoso? Velho? Terceira idade? Sexagenários? Prioridade em filas, estacionamentos, etc? Netos? Aposentadoria? Cansado? Ultrapassado? Depressão? Fase do “com dor …” ? Diminuição das atividades físicas? Insônia?
70 anos é a idade do Ancião? Sabedoria? Experiência? Histórias de vida? Vovô/vovozinha? Rugas? Falta de sonhos e projetos? Solidão? Morte? Perda de entes queridos? Teimosia? Sistemático (a)? Início de limitação física? Doenças?
80 anos ou mais é a quarta idade. Velhice? Dificuldade? Falta de autonomia? Cansaço? Desânimo? Excesso de reclamação? Negatividade? Acompanhantes? Dificuldade cognitiva? Perda de memória? Cuidados especiais? Casa de idoso? Resiliência? Paciência?
Estereótipos
O erro do estereótipo é restringir as pessoas a papéis únicos e definitivos quando a realidade é que somos múltiplos. Podemos ser maduros e sábios, mas também inquietos, curiosos e inseguros.
Por fim, resumir as idades a estereótipos é também excluir as pessoas de novas possibilidades. Um erro que pode impedir, por exemplo, um profissional mais jovem de assumir um cargo de liderança com a desculpa de que lhe falta experiência.
*Foto: Reprodução/Pixabay (Sabine van Erp)