Explante de próteses mamárias possui opções estéticas para região, afirma especialista
Hoje, o Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias de implante de próteses mamárias de silicone, atrás apenas dos Estados Unidos. Por outro lado, dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês), afirmam que o Brasil tem registrado nos últimos anos um caminho inverso desta tendência. Ou seja, indicando cada vez mais casos de mulheres que realizam procedimentos de explantes de próteses mamárias. E segundo dados do Isaps, foram feitas 25 mil cirurgias deste tipo no país só em 2020.
Cirurgias de explante de próteses mamárias
Atualmente, há opções de procedimentos estéticos não cirúrgicos para a região dos seios femininos despontam, mesmo que seja de forma incipiente. É o caso dos fios de PDO (polidioxanona), por exemplo.
Trata-se de fios de sustentação, conforme diz a SBCD (Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica). Este material, por ser feito de material biocompatível, é absorvido pelo organismo e estimula a produção de colágeno, o que melhora a textura e a elasticidade da pele, e causa efeito “lifting” (“levantamento, em tradução livre).
Texto oficial da SBCD
De acordo com o texto publicado no site oficial da SBCD, com a aplicação dos fios de sustentação, “é possível observar a produção de colágeno” a partir de um mês. “Os fios normalmente são absorvidos pelo organismo em um período de seis a oito meses. No entanto, estudos mostram que o aumento da produção de colágeno se mantém por até um ano”, ressalta o informe.
Opinião de especialista
Contudo, na opinião do médico pós-graduado em Dermatologia e Estética Dr. João Vitor Ferraz, a utilização dos fios de PDO nas mamas ainda é recente no Brasil e reforça que a chance do uso da bioestimulação de colágeno na região.
“É realizada a anestesia local e, com a introdução de uma cânula, conseguimos aplicar esse produto em toda região das mamas. Esse produto é degradado pelo nosso corpo e, no lugar dele, nossas células depositam colágeno.”
E ainda complementou:
“O resultado disso é a melhora da textura e da flacidez das mamas, além de promover um aumento de volume e elevação das mesmas.”
Tratamentos minimamente invasivos
Em relação aos tratamentos minimamente invasivos, Dr. Ferraz diz que cada vez mais a nova geração está em busca deste tipo de tratamento que geram mais naturalidade. Porém, ele não afirma que tal atitude se confirme como uma “tendência”, e sim como uma “evolução das técnicas e dos tratamentos disponíveis”.
Por fim, o médico disse que:
“A opção de lifting mamário não invasivo pode revolucionar a forma como tratamos as alterações mamárias. Associado ao preenchimento mamário com ácido hialurônico, que é mais uma técnica que deve chegar em breve ao Brasil, ademais, vai proporcionar a melhora do bem-estar e da autoestima de muitas mulheres que não podem ou não querem passar por um procedimento cirúrgico.”
*Foto: Unsplash