Transtornos alimentares podem estar relacionados à ansiedade e depressão, provocando anorexia, bulimia, dentre outros distúrbios
Comer bem é um dos grandes prazeres da vida para a maior parte das pessoas. Entretanto, algumas podem desenvolver transtornos alimentares ao longo da vida e é importante identificar o porquê. Saiba mais no decorre deste artigo.
Transtornos alimentares
Os transtornos alimentares, quando não identificados, podem provocar reações diversas. Entre elas: ansiedade e depressão, provocando anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar. É fundamental procurar ajuda profissional para qualquer um desses casos acima.
Além disso, um transtorno de alimentação pode prejudicar a saúde física e mental do indivíduo. Aliada à busca excessiva por uma imagem corporal perfeita. Neste caso, é quando a pessoa já deixa de se alimentar corretamente, ou come além da conta ou descarta o alimento ingerido.
De acordo com David Martins, psiquiatra do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), é por conta da preocupação em excesso que os pacientes pode desenvolver comportamentos negativos, como comer e vomitar para não ganhar peso:
“Podem surgir episódios de compulsão alimentar, ou seja, a pessoa perde o controle na hora de comer. Isso leva a uma grande ingestão de alimentos e a um sofrimento imenso após estas compulsões. A forma mais grave do transtorno alimentar, quando a pessoa quase não ingere alimentos, leva a uma magreza excessiva que pode, inclusive, causar a morte.”
Outros tipos de transtornos alimentares
Desde 2013, afirma o especialista, que outros problemas passaram a integrar os transtornos alimentares. É o caso do Transtorno Alimentar Evitativo Restritivo (TARE). Este tipo de distúrbio é atribuído à baixa ingestão de alimentos. Resultado: uma magreza excessiva com a anorexia nervosa. Porém, sem a preocupação exagerada com o corpo, esclarece David:
“A pessoa não emagrece por querer ficar magra e sim por não conseguir comer.”
Ele alerta ainda sobre a importância de identificar os repetidos episódios de transtornos:
“No Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA), basta um episódio por semana para levar o paciente a um grande sofrimento por estar ou se achar acima do peso. Já na bulimia nervosa, a pessoa também apresenta episódios de compulsão alimentar, mas após estes momentos tem tanto medo de ganhar peso que acaba adquirindo métodos para compensar e evitar o ganho de massa, como vômitos, uso de laxantes, exercícios físicos em exagero e uso de diuréticos.”
Graves prejuízos à saúde
Tais episódios geram graves prejuízos à saúde. Consequentemente, impacta da vida social e profissional da pessoa. Sobre isso, ele explana ainda que na anorexia nervosa, por exemplo, o paciente sofre grande perda de peso autoinduzida. Ou seja, come o mínimo possível, levando à magreza extrema.
“Porém, mesmo estando muito magro, apresenta uma grave distorção da imagem corporal, acha-se gordo e que precisa perder mais peso. É o quadro mais grave e que pode levar à morte.”
Como tratar?
O tratamento dos transtornos alimentares é sempre multidisciplinar e deve englobar, no mínimo: médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista. Estes profissionais têm a função de melhorar a relação do paciente com a alimentação, com seu corpo e peso. Por fim, tudo isso ajudará a reduzir os comportamentos prejudiciais, como compulsões alimentares, métodos compensatórios e restrição alimentar.
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